Um presente para Texas Lino

Texas Lino sempre foi um homem sem vícios, mantinha apenas alguns hábitos frequentes, entre eles atirar em outros homens, jogar dominó com sua avó valendo dinheiro, sua dose diária de uísque e amar diversas mulheres. Segundo ele, essas pequenas coisas da vida que faziam todo o resto valer a pena, provando assim que no fundo d’alma daquele pistoleiro, havia um filósofo.



Porém, naqueles dias de inverno, Texas havia deixado de lado seus pequenos hábitos. Andava cabisbaixo, não bebia, não procurava mais Dona Amália para jogar dominó, e o mais surpreendente, não sacava sua pistola a mais de um mês. Ao ser perguntado sobre o motivo de tamanho abatimento, Texas respondia que tudo estava bem. Seus amigos aceitavam a esquiva, mas Flora Jane, sua esposa, não acreditava naquelas palavras. Ela conhecia Texas mais que qualquer um, e sabia o motivo de tal tristeza.


Ao chegar em casa e abrir a porta do quarto, Texas estaquiou. De boca aberta, com os olhos fixos, não conseguia mexer um só músculo. Saiu do transe quando Flora Jane, sua esposa, o chamou docemente “Texas, vem pra cama”. Flora estava semi-nua, com suas coxas brancas e firmes expostas sobre a cama, ao seu lado estava Suélen, a filha do prefeito, soltando risinhos nervosos e com os fartos seios à mostra.

Nos últimos cinco anos, desde o dia de seu casamento, Texas havia sido o homem mais fiel do oeste. Sabendo da fidelidade e do amor de seu homem, Flora resolveu presentear o velho pistoleiro. Agora ele voltaria a viver por completo.

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