Umami

Eu sentia um calor reconfortante no meu peito e caminhava por ruas aleatórias.
Dia de sol, céu azul, eu só queria explodir em cores. Virei a esquina e senti um cheiro de comida, daqueles que entram fundo. 
Umami, restaurante vietnamita, dizia na fachada.
Lembrei da discussão, na última sexta de jogos, lá em casa. Eles teimavam que Umami não existia, eu disse que sim, que faltava fé neles.
Rimos, rimos muito naquela noite.
Foi a última vez que nos vimos. Ainda não acredito que perdemos isso.
Entrei no lugar e pedi uma mesa. A moça rapidamente me acomodou e deixou o cardápio.
Passaram três mil anos.
Peguei meu foguete espacial e parti.




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